
Renan Braga estava na Central de Triagem da Marambaia, em prisão temporária.
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) confirmou, na tarde desta segunda-feira (25), a morte de Renan Braga, apontado como o principal suspeito pelo desaparecimento da pequena Elisa Ladeira Rodrigues, de dois anos, no município de Anajás, na ilha do Marajó. Renan estava cumprindo prisão temporária de cinco dias.
De acordo com a Seap, o suspeito passou mal, foi encaminhado para atendimento médico, recebeu alta e voltou para a unidade. O óbito foi registrado na madrugada desta segunda-feira (25). A Polícia Civil informou que instaurou inquérito para apurar a causa da morte.
O advogado Adaian Lima, que defendia Renan, conversou com a reportagem e disse que assumiu o caso na semana passada, quando Renan estava escondido em uma área de mata próxima à Vila Carmelo, no município de Anajás.
“A família dele entrou em contato comigo e de longe dei início com o caso, pois atuo em seis estados do país. Ele combinou de se entregar e acionei o promotor do Ministério Público Harison Bezerra, que acompanhou todo o processo de entrega à polícia”, diz o advogado.
Diante disso, o advogado informou que, após se entregar, na sexta-feira (22), Renan estava debilitado e passou a tarde e noite tomando soro na escola que serviu de base para as forças de segurança na Comunidade do Zinco.
No sábado (23), ele foi levado para Breves de onde pegou um avião para Belém, acompanhado de policiais e de uma equipe do Ministério Público do Pará (MPPA). O grupo chegou à capital às 18h e seguiu direto para a Delegacia de Homicídios, onde o advogado teve o primeiro contato presencial com seu cliente.
Por volta de 1h30 da madrugada do domingo, Renan foi conduzido para a Central de Triagem da Marambaia e entregue à Seap, segundo Adaian Lima. Durante esse contato, eu perguntei se tinha ocorrido tudo bem, se ele havia sido agredido, e ele disse que não”, destaca o advogado.
No último domingo (24), Renan participou de uma audiência de custódia, por volta das 16h, mas passou mal e a oitiva foi interrompida. Ele chegou a ser levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde foi medicado, mas no mesmo dia foi liberado.
Ainda segundo o advogado, a Seap informou que Renan teria morrido por volta de 1h30 da madrugada desta segunda-feira (25). A causa da morte não foi constatada e o corpo passou por uma necropsia nesta tarde. O advogado diz que a causa da morte será informada após o laudo da necropsia.
O desaparecimento da menina Elisa Ladeira Rodrigues, de 2 anos, já dura nove dias. As buscas continuam no Marajó.

Por: O Liberal