SINAL DE ALERTA ‘Todos estão trabalhando sob pressão’, diz médico após sofrer agressão

Foto: Reprodução 

Um paciente com suspeita do novo coronavírus agrediu o clínico geral, Igor Kazuo Onaka, em uma unidade de pronto atendimento, em Curitiba. Após saber que seria transferido para o Hospital Evangélico, local onde são levados os pacientes com a covid-19, o paciente agrediu o clínico e toda a equipe médica que estava na sala de consulta.

O paciente de 40 anos entrou na unidade de saúde com sintomas gripais moderados e com falta de ar. Segundo Kazuo, a equipe seguiu o protocolo para casos suspeitos de covid-19 e esperou uma vaga de leito em unidades que tratam de pacientes do coronavírus em Curitiba.

Assim que o leito no Hospital Evangélico ficou disponível, o corpo médico liderado por Kazuo informou o paciente. O médico relata que neste momento o homem se levantou da maca e começou a falar que não poderia sair por conta do risco. Kazuo ainda tentou acalmar o paciente. “Fui dizer a ele que se fugisse iria configurar até um crime. Nisso ele já arrancou o acesso venoso, jogando sangue para todo lado, arrancou a máscara e começou a cuspir, querendo contaminar toda a equipe. Pedi para ficar dentro da sala de novo e partiu para cima de mim, me agredindo com um soco no nariz quando começou a ser cercado pela equipe”, narrou o médico.

“Todos estão trabalhando sob pressão porque está começando a aumentar o número de pacientes suspeitos. Todos estão com receio, ansiedade e sem saber se vai aumentar como em outros países. Em uma situação dessa, com um paciente tentando agredir a equipe, então, é algo repugnante”, declarou Kazuo.

O clínico geral não teve fratura. Todos os que estavam presentes tiveram amostras de sangue coletada e serão afastados até confirmarem se o paciente tem ou não a covid-19.

NOTA DE REPÚDIO

Em nota, a Secretaria Municipal de Curitiba e a Fundação Estatal de Atenção à Saúde, Feas, repudiam a agressão ao médico, se solidarizam com a vítima e lamentam a tentativa da entidade que representa os médicos de relacionar a violência à suposta falta de EPIs.

Fonte: Uol

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