
Crescimento acelerado dos casos de covid-19 e baixa adesão ao isolamento social devem fazer governo paraense adotar restrição nas próximas horas
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A situação dramática no estado deve fazer o governo apertar ainda mais as restrições à população (Fábio Costa/O Liberal) |
A expectativa entre os cidadãos paraenses preocupados com os casos e óbitos provocados pela covid-19 no Pará é com relação à decretação de ‘lockdown’ no estado por parte do governo estadual a qualquer momento. O governador Helder Barbalho já acenou, desde a semana passada, com a possibilidade de essa medida vir a ser adotada a partir desta terça-feira (5), como estratégia para diminuir a transmissão do novo coronavírus nos municípios paraenses, dado que muitas pessoas insistem em descumprir as determinações dos órgãos de sáude, como a de se evitar aglomerações.
Em apenas sete dias, as mortes por covid-19 cresceram 222%, muito acima da média nacional (68% no mesmo período). Na avaliação do governador Helder Barbalho, trata-se de um “momento dramático que todos nós estamos vivendo, um momento de muito sofrimento e muita dor, mas ao mesmo tempo um momento que nos exige união e ação”. Em entrevistas e em pronunciamentos, o governador tem reiterado o pedido em prol do isolamento social como prevenção à doença.
A grande maioria dos casos de covid-19 no Pará (80%) situa-se na Região Metropolitana de Belém. Por isso, até o final de semana, a taxa de ocupação dos leitos por pacientes de covid-19 no Pará é de 85%, mas quando se enfoca a Grande Belém é de 96%. Há dez dias, como já informou o governador, a média era de 5 óbitos em domicílio e, agora, chega-se a 50 óbitos em casa.
Sobre medidas mais duras que podem ser adotadas contra o coronavírus, o governador destacou, em entrevista, que na sexta-feira (1º) fez um último apelo à população sobre a necessidade do isolamento social, ou seja, ficar em casa. O governador disse que as pesquisas indicam que o isolamento social no Pará tem variado entre 45% e 50%, o que se mostra baixo diante do recomendado pelas autoridades de saúde.
Fonte: O Liberal