
Moradores de Igarapé-Miri, no nordeste do Pará, interditaram um trecho da rod. PA-151, em frente à fazenda da empresa Minerva Foods nesta quarta (27).
Segundo a Polícia Militar, o grupo pedia melhorias no sistema de esgoto da empresa, já que fezes e urina de gado estariam sendo despejados em igarapés e rios da localidade, além de ser contra a atuação da empresa na região. Um manifestante foi atingido por bala de borracha disparada pela PM durante o ato.
Em nota, a Minerva Foods disse que respeita o direito de livre manifestação e afirmou que o incidente com o manifestante não tem relação com a empresa.
“A gente quer que a Minerva Foods pague pelos prejuízos causados à comunidade Curuperé-Grande. Eles exportam a carne e só deixam contaminação aqui”, disse a ativista Socorro Silva.
A Minerva Foods era a proprietária dos cinco mil bois, que estavam dentro do navio Haidar que naufragou em Vila do Conde, em Barcarena, em outubro de 2015. Um vídeo mostra o momento que a embarcação tombou. O caso teve repercussão internacional e o navio Haidar continua naufragado até então.
A interdição durou das 5h às 11h30. A Polícia Militar informou que, durante a negociação, entre os manifestantes e uma equipe do Batalhão de Polícia Rodoviário (BPRV), houve um princípio de confronto na hora de tentar um acordo pela liberação parcial da via, quando segundo a PM foram feitos dois disparos de munição de elastômero para dispersar a multidão.
O manifestante atingido foi identificado como Cleonildo da Conceição Cardoso, de 21 anos. Ele foi atingido na região do abdômen e, segundo laudo médico, o ferimento foi superficial, não atingido estruturas internas. Cleonildo recebeu atendimento médico e, logo em seguida, alta, segundo a PM.
Familiares de Cleonildo Cardoso disseram que ele foi submetido a um exame avaliativo para ver se a bala estava alojada e recebeu pontos na região atingida, antes de entrar em observação.
A Polícia informou que, após a liberação da via, as equipes policiais seguiram para a delegacia de Polícia Civil de Igarapé-Miri para registrar boletim de ocorrência. Segundo a PM, os manifestantes tentaram agredir os policiais. Já alguns manifestantes negaram que o grupo tenha investido em qualquer tipo de agressão contra os policiais.
Sobre as denúncias de contaminação ambiental, a empresa disse que atua “sob as melhores práticas de responsabilidade socioambiental, sempre respeitando a legislação vigente e em colaboração permanente com órgãos de controle ambiental e social”.
Entenda o caso
Moradores da comunidade Curuperé-Grande, localizada entre os municípios de Igarapé-Miri e Abaetetuba, nordeste do estado, denunciaram supostos despejos irregulares de fezes e urina de gado no rio, que atende a região. Segundo os relatos, a comunidade começou a sentir os efeitos da contaminação há cerca de três anos.
À época, a Minerva Foods negou qualquer tipo de despejo irregular, afirmando que a água de chuva gerada nas áreas de confinamento de gado é devidamente tratada em lagoas e enviada para irrigação de pasto.
Após as denúncias, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) anunciou a interdição da Minerva Foods.
Em seguida, o juiz Raimundo Rodrigues Santana, da 5ª Vara da Fazenda Pública e Tutelas Coletivas, determinou a interdição parcial das atividades da empresa, além de proibir o recebimento de gado na unidade.
Em decisão recente, a desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento, da 2ª Turma de Direito Público, revogou a determinação por completo, afirmando que “não teria havido comprovação do hipotético dano ambiental ao rio Curuperé”.
Fonte: G1 PA
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