CASO AMANDA: Menina foi torturada e teve língua cortada; PC acredita que dívida do pai dela com traficantes motivou crime bárbaro

Ele seria usuário de drogas e estaria devendo para o trio apontado como autores da morte da menina. Um dos acusados morreu em confronto com a polícia neste domingo, 12.

A morte brutal da menina Amanda Julie Ribeiro Sobrinho, de 10 anos, pode ter sido motivada pela dívida que o pai dela teria com os três traficantes de drogas e também faccionados apontados como os autores do bárbaro crime. Um dos acusados foi morto em confronto com equipes das polícias Civil e Militar neste domingo (12/6) em Anajás, na Ilha do Marajó.

Nas investigações em andamento, a Polícia Civil identificou que o pai da vítima é usuário de drogas e que possui uma dívida com os três traficantes. A menina estava desaparecida desde a ultima terça-feira (7/6) e seu corpo foi encontrado no sábado (11/6) amarrado, dentro do Rio Anajás, embaixo do trapiche da cidade, com sinais de tortura e mutilação.

Josuel dos Santos Gomes, conhecido como “Durão”, foi morto ao trocar tiros com policiais, na zona rural de Anajás. Durante a ação também foi preso Jobson da Silva Miranda e apreendida uma adolescente, que seriam os executores do crime.

Com Jobson foram apreendidos um revólver calibre 38, uma espingarda calibre 32, duas espingardas calibres 28 e munições não deflagradas. Segundo a PC, a motivação do crime foi uma dívida de drogas que o pai da vítima tinha com os acusado, que seriam de alta periculosidade.

“A motivação do crime também foi elucidada. Segundo depoimentos, o pai da vítima, que é usuário de drogas, estava devendo uma quantia em dinheiro aos acusados, que além de homicidas, são traficantes e membros de uma facção criminosa”, informou a PC.

A operação que localizou o corpo da menina e chegou aos três acusados contou com a participação de policiais ligados à Superintendência Regional do Marajó Ocidental, comandada pelo delegado Paulo Junqueira, policiais civis da Divisão de Homicídios de Belém em conjunto com policiais militares do CPR XII e Força Tática.

Segundo o delegado-geral, Walter Resende, a criança ficou em poder dos criminosos por pelo menos dois dias, até que ela acabou sendo brutalmente assassinada.

Menina foi torturada e mutilada

O corpo de Amanda foi sepultado por volta das 14h de ontem. Segundo uma tia de Amanda, identificada como Oziane Ribeiro, devido ao estágio avançado de decomposição do corpo, não houve velório.

“O corpo inchou muito, tanto que não coube no caixão. Tiveram que fazer uma caixa de madeira para enterrar. Ela foi encontrada com pés e mãos amarradas. O corpo foi deixado debaixo de um trapiche próximo à casa da mãe. O corpo estava muito machucado, cheio de hematomas fortes, a cabeça toda quebrada, sem olho e sem língua”, relatou Oziane, bastante abalada.

A Polícia Civil divulgou nota informando sobre a identificação dos suspeitos e andamento das investigações, que agora seguem sob sigilo. “A Polícia Civil informa que um homem foi preso e uma adolescente apreendida suspeitos de envolvimento na morte da criança, no município de Anajás. Um terceiro suspeito morreu após troca de tiros com policiais. Foram apreendidos um revólver calibre 38, uma espingarda calibre 32, duas espingardas calibre 28 e munições. Policiais civis da Divisão de Homicídios, de Belém, e policiais militares realizaram ações na área urbana e rural do município. Os órgãos de segurança não mediram esforços para elucidar o caso, que segue sendo investigado sob sigilo pela Delegacia de Anajás. Uma equipe da Polícia Científica foi encaminhada ao município para realização da perícia. Após os procedimentos legais, o corpo de Amanda Julie Ribeiro Sobrinho foi entregue aos familiares’, informou a PC.

Por Native News Carajás.

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